Custo fixo e variável: entenda a importância de conhecê-los
Quando o cliente olha a etiqueta de um produto, ele não faz ideia da quantidade de itens que foram estudados antes do lojista determinar aquele valor. O problema é que fazer esse cálculo pode ser um pouco trabalhoso, por isso, muitos empresários ignoram alguns tópicos, como o custo fixo e variável.
Você sabe o que eles são e como devem ser considerados na hora de você traçar as metas da sua empresa? Bem, se esses termos ainda gerarem algum tipo de confusão na sua mente, não se preocupe, pois, explicaremos os detalhes desse conceito hoje. Vamos lá?
Custo fixo e variável: o que é um custo fixo?
O custo fixo ocorre de forma recorrente, sofrendo pouca variação. O aluguel da loja seria um exemplo de custo fixo, pois independentemente do volume de vendas, será cobrado do lojista aquele valor referente à locação do imóvel.
Existem outros exemplos de custos fixos, como a folha de pagamento de vendedores (excluindo comissões), gastos com limpeza de imóveis, pagamentos de terceirizados etc.
Isso pode variar um pouco de acordo com as características da empresa. Contudo, você já entendeu o conceito, não é mesmo?
Qual a importância do custo fixo?
Honrar esses pagamentos é necessário para manter o empreendimento funcionando. Caso a empresa esteja com dificuldades para quitar seus custos fixos, é necessário estudar o que está acontecendo para resolver o problema, uma vez que isso indica um grave problema de operação do negócio que pode inviabilizar as atividades e gerar dívidas relacionadas ao pagamento de multas.
Um erro comum de alguns empresários é tentar se destacar no mercado com um preço muito abaixo do praticado pelos concorrentes. Essa estratégia só é viável quando ela não coloca em risco o pagamento dos custos fixos — caso contrário, ainda que a sua loja fique cheia de clientes, a empresa estará sempre no vermelho.
Como reduzir os custos fixos?
Cada custo deve ser separado em uma categoria e uma estratégia própria para a redução desse ônus deve ser desenvolvida.
Custo com locação
A escolha de um ponto comercial faz parte das estratégias de marketing de uma empresa. Não dá para ter uma loja em um bairro longe da movimentação de pedestres, por exemplo.
Contudo, é possível, sim, reduzir esse custo. Para isso, o lojista deve dedicar muito tempo pesquisando os melhores endereços para a sua loja, de acordo com o comportamento do seu público-alvo.
Quem deve ditar a escolha do ponto comercial é o time de marketing. Essa decisão não pode ser feita sem rigor técnico e baseada em estudos.
Folha de pagamento
As mudanças nas leis trabalhistas já reduziram muito esse custo. No varejo, é possível empregar o chamado trabalho intermitente, no qual o funcionário ganhará de acordo com os dias trabalhados, mas poderá atuar em outras empresas, desde que isso não crie conflito entre os empregos.
Contudo, existe uma desvantagem nessa ação: ela pode desmotivar colaboradores e, consequentemente, reduzir a qualidade de entrega deles com a sua empresa.
Avalie com cuidado estratégias de redução de custos com folha de pagamento — e sempre com o suporte do Departamento Pessoal.
Terceirização
A sua empresa não precisa cuidar de todos os processos no qual o negócio está envolvido. Alguns deles podem ser terceirizados, reduzindo as despesas com a folha de pagamento.
Prestadores de Serviço
Aí a regra é simples: negociar. Infelizmente, em algumas áreas, a baixa concorrência impede uma negociação mais profunda. Ainda assim, manifeste sua necessidade de reduzir custos para que a marca busque oferecer alguma solução.
Custo fixo e variável: o que é um custo variável?
O custo variável acompanha os resultados da empresa. Um exemplo clássico é a comissão paga a vendedores ou participação de lucros, dependendo do segmento empresa.
O problema do descontrole nos custos variáveis é que eles podem reduzir a margem de lucro da empresa, diminuindo a capacidade de o negócio trazer retorno aos investidores e, em casos específicos, gerar dívidas.
O exemplo mais comum de descontrole nos custos variáveis ocorre quando a empresa quer impor um crescimento nas operações que nem sempre está de acordo com as suas capacidades.
Nesse caso, o negócio realiza uma série de investimentos, como contratação de temporários, compra de máquinas, investimento em publicidade etc. Esse tipo de ação deve ser pautada por um plano de marketing bem-feito. Não dá para investir sem nenhum estudo, acreditando que isso trará retorno por si só.
Como economizar nos custos variáveis?
A precificação correta de um produto é fundamental para manter o custo fixo e o variável sob controle. É claro que é possível criar promoções, mas elas devem ser ações que busquem compensar a redução de preço de um item de alguma forma, como na divulgação de um lançamento ou na compra de outro produto.
Fornecedores
A negociação também é bem-vinda, porém, tome cuidado para não prejudicar o seu setor de compras. Manter uma boa relação com os fornecedores é fundamental, pois são essas as empresas que irão lhe ajudar em momentos específicos, como falta de produtos em estoque.
Ainda assim, caberá ao setor de compras a missão de pesquisar os melhores fornecedores disponíveis. Só tome cuidado para não ser seduzido pelo preço baixo. Antes de fechar contrato, verifique se o fornecedor cumpre prazos e apresenta qualidade em seu trabalho. Jamais troque de fornecedores sem fazer um período de testes.
A compra de vários itens, de uma única vez, também pode ajudá-lo a reduzir custos. Lembre-se apenas de avaliar se a sua empresa tem capacidade para estocagem — e se o item comprado tem mesmo saída junto ao consumidor final.
Logística
Manter a eficiência dos seus processos, como os de entrega, estoque, armazenagem etc. é importante para diminuir os custos variáveis. Usando a tecnologia disponível, isso fica bem mais fácil.
Custo fixo e variável são dois termos que precisam estar claros para um empresário. Os profissionais que atuam no marketing e na contabilidade podem ajudá-lo a definir esses custos dentro do seu negócio, gerando relatórios confiáveis que pautarão decisões mais bem direcionadas.
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