Equipamentos No PDV. O Que Avaliar

Equipamentos no PDV. O que avaliar?

Marcus Vinícius C. Victorino, Diretor Comercial da S&I Automação e Refrigeração

Sempre nos referimos ao Ponto De Venda como o local “sagrado” do varejo, pois ali se finaliza a experiência de compras do seu cliente. O cliente, ao retornar à sua loja, indica que você está no caminho certo. Neste artigo, focaremos os equipamentos que compõem o PDV (Ponto de Venda).

Sabemos que é um desafio entender o significado e importância de tantas siglas, por isso publicamos o Vocabulário no Ponto de Venda como uma fonte de consulta para te ajudar na compreensão de alguns termos. Entretanto, antes de avançarmos vale a pena trabalharmos o conceito de Check-out.

 

Check-out

Check-out é uma palavra em inglês, que remete para o ato de sair, fechar uma conta ou dar baixa em algum tipo de processo. Esta palavra é muito usada nos hotéis e descreve o momento em que o hóspede paga a sua conta, antes de ir embora.

No nosso contexto de comércio varejista a visão é um pouco mais complexa. De forma análoga ao hotel, é o momento no qual o cliente paga pelas compras e deixa a loja.

Na verdade, o termo original “check”, em inglês, significa “verificar”, “checar”, “conferir”, “fiscalizar”. Por sua vez, o “out” é “para fora”. Poderíamos dizer então, que check-out quer dizer “controle de saída”. Entretanto, ao longo do tempo, o termo passou a designar o local e o conjunto de equipamentos, que registra a saída dos produtos da loja, muitas vezes apelidado de caixa. Tanto é que a pessoa que realiza esse processo é chamada de operador de caixa.

Localização e espaço disponível

Antes de se definir quais equipamentos serão utilizados, é necessário analisar a localização e o espaço físico disponível. O local de instalação deve ter uma conexão elétrica e outra conexão para a rede de computadores.

É recomendável que os dutos sejam independentes, para que não haja qualquer tipo de interferência eletromagnética. Muitas vezes não é dada a devida atenção à instalação elétrica.

Ligar os computadores à mesma rede em que estão ligados os demais equipamentos, principalmente aqueles que possuem motores, tais como os balcões refrigerados e freezers, é um caminho certo para problemas de instabilidade no seu ponto de venda.

Equipamentos fundamentais para um PDV: 

 Computador

Para proporcionar a interligação com os periféricos, o computador deve ter várias USBs e pelo menos uma Porta serial. Essas conexões permitirão a interligação com balanças, leitores de códigos de barras, teclados, gavetas, além da impressora, cujo tipo irá variar de acordo com a solução fiscal exigida pelo seu Estado.

O fornecedor de software deve indicar a configuração necessária de um computador. A capacidade de processamento e armazenamento, bem como a quantidade de memória RAM, são questões a serem respondidas em função do software a ser utilizado.

Para incluir as funções necessárias ao seu computador, é necessário o uso de alguns equipamentos periféricos, e quanto a esses periféricos, há uma enorme quantidade de fabricantes e modelos, que variam de preço conforme o seu tipo e aplicação. Confira alguns:

Leitor de código de barras

Leitor de código de barras, também chamado de scanner, é utilizado para a leitura de códigos de barras dos produtos, podendo ser de mão ou de mesa:

  • Leitor de códigos de barra de mão:tem um custo menor, porém funciona com apenas um feixe de laser. Deve ser direcionado para a posição correta do código de barras da mercadoria, caso contrário não realiza a leitura. É indicado para lojas de menor movimento.
  • Leitor de códigos de barras de mesa:tem um maior custo e é fixo, entretanto é mais rápido. Como ele tem vários feixes de laser, detecta o código de barras com mais facilidade, permitindo que a mercadoria possa ser passada em várias posições. É indicado para supermercados, padarias e mercearias que têm maiores volumes de vendas e necessitam de velocidade com operação simples e eficiente.

Balança

A balança é útil para o varejo que trabalha com produtos pesáveis, tais como hortifrutigranjeiros, padaria ou restaurante Self-service. Dependendo do tipo, ela pode ser instalada diretamente no PDV ou em locais específicos da área de vendas.

Nas empresas maiores, tais como supermercados e padarias, a instalação de balanças diretamente nos vários setores proporciona boa eficiência operacional. Ela deve ser do tipo que incorpora a impressora de códigos de barras.

Vejamos o exemplo do açougue, no qual o próprio açougueiro pesa a carne e digita o código correspondente ao produto para a emissão da etiqueta. Esse procedimento traz a responsabilidade de se identificar corretamente os itens para a própria área, efetivamente quem mais entende dos produtos. Há, também, um ganho na agilidade no check-out, já que o operador do caixa simplesmente passa o produto pelo scanner (leitor de código de barras).

Integração dos dados 

Outro ponto de atenção para as balanças a serem instaladas nos setores refere-se à forma de comunicação e integração dos dados. Normalmente o sistema da balança fica em um computador, sendo que os produtos cadastrados ou preços alterados no software precisam chegar até a balança. Para tanto é essencial saber se a balança será integrada via cabo ou via wireless (WI-FI), que necessitará de um equipamento adicional, o roteador.

Quando a instalação da balança for diretamente no check-out, ela será do tipo sem impressora, pois já estará interligada ao PDV. Pode haver uma economia quando comparada com as balanças nos setores, que são mais caras pois emitem etiquetas. Entretanto, deve-se considerar a quantidade de check-outs e o risco da transferência da responsabilidade de identificação do produto para o operador do caixa, já que ele é quem fará a digitação do código correspondente ao produto vendido. Haverá necessidade do operador conhecer bem todos os produtos pesáveis de sua loja.

O ideal é que seja feito um estudo de acordo com as características de sua loja, analisando a quantidade de check-outs e o número de setores de pesáveis, para a correta tomada de decisão. Além dos custos das balanças, deve-se levar em consideração eventual economia de pessoal e necessidade maior de treinamento.

Agora, pensando na operação da balança lembre-se do processo de pesagem, no qual deve-se levar em consideração a “tara”, ou seja, o peso da embalagem. Mas esse é um assunto que abordamos em outro post, que mostra os procedimentos legais e os riscos que o varejista corre na pesagem.
Gaveta

Para uma maior segurança, o ideal é que se tenha uma gaveta conectada ao ECF, quando essa for a solução fiscal de sua loja. Dessa forma, o operador de caixa só terá acesso à mesma quando do fechamento do cupom fiscal ou nas sangrias, suprimentos de caixa e fechamento do operador. Com outras soluções fiscais ela pode estar integrada ao software ou estar totalmente independente, ou seja, pode ser acessada a qualquer momento pelo operador do caixa.

No-break

O No-break (do inglês, sem paradas) é um equipamento específico para se manter o ponto de venda em operação, quando da falta de energia elétrica. Outro benefício é o de proteger o check-out contra a instabilidade ou surtos de energia em sua rede.

É um acessório indispensável, pois ele minimiza os riscos de prejuízo com o check-out fora de operação e de danos nos equipamentos. Deve ser analisada a capacidade do No-break, cujo custo está diretamente ligado ao prazo no qual as baterias internas do equipamento conseguem se manter. Essa capacidade é calculada levando-se em consideração o consumo total do seu check-out, medido em Watts.

Normalmente, a menor capacidade aceitável é de 600 watts para cada ponto de venda com duração mínima de 15 minutos. Avalie esta opção diretamente com o fornecedor do acessório, não se esquecendo de computar todos os equipamentos, computador mais periféricos, que compõem o seu ponto de venda.

Terminal de consulta

Terminais de consulta são usados para disponibilizar ao seu cliente, em sua área de vendas, a consulta de preços dos produtos. O decreto federal nº 5.903, de 20 de setembro de 2006, regulamentou o uso desse equipamento, citando que os leitores óticos deverão ser dispostos na área de vendas, observada a distância máxima de quinze metros entre qualquer produto e a leitora ótica mais próxima. Adicionalmente, estabelece que o local do terminal de consulta deve ser indicado com cartazes suspensos que informem a sua localização.

Teclado especial

Um teclado especial se distingue do teclado convencional pelo tamanho e pela capacidade de ser configurado. Com teclas personalizadas, visando aumentar a eficiência do operador de caixa, propicia uma operação mais ágil no ponto de venda.

Agora que você já sabe alguns dos itens mais importantes para montar o seu PDV, fica mais fácil dar início ou atualizar o seu negócio! Espero que tenha gostado, caso tenha alguma sugestão ou dúvida deixe seu comentário!

Fonte: Infovarejo